terça-feira, 10 de janeiro de 2012

COMEÇANDO UMA ROTINA

          Passar esses dias com meus três anjinhos e começar uma nova rotina em casa me fez refletir: como um dia cheguei a pensar que não queria filhos? Claro, que era muito mais medo de tudo o que nos cerca essa tarefa de ser mãe, e da cirurgia –óbvio- do que apenas não ter vontade.
          Acho que tive filhos na idade certa! Ser mãe depois dos 30 me tornou uma mulher muito mais forte e mais tranqüila do que se tivesse menos idade. Me sinto mais madura e segura ao tomar qualquer decisão em relação à eles, principalmente nos momentos mais delicados, quando engasgam, tem febre, choram e não sei os  motivos.
          Conversando com o Michel, antes de ter o Luiz Otávio, achávamos que éramos muito felizes. Nosso príncipe nasceu e com ele, uma felicidade que mal se cabia no peito! É tanto amor, tanta dedicação... Achava impossível ter esse sentimento por alguém, com tamanha intensidade. Comecei a entender e a sentir que existe ainda, felicidade maior com a chegada das princesas e aprendi que amor se divide, sim! Só quem é mãe entende o significado disso. Tudo dentro da gente se torna intenso! Sabe aquela história de sermos capazes de qualquer loucura pelos nossos filhos?
          Bom, as meninas são umas graças! Claro que nessa fase ainda dormem muito e por isso tenho conseguido me dedicar mais ao pequeno, que está precisando muito da nossa atenção.
           Quanto às mamadas que antes duravam meia hora, agora levam cerca de 10 minutos e raramente temos que complementar. Nossa, fico pensando nas dores do início delas e na força que precisei ter pra não desistir de amamentar. Não sei vocês, minhas amigas, mas eu sofri muito.. Meu bico é invertido e os três tiveram dificuldade pra mamar. Mas hoje, passada toda a “tempestade”, falo de boca cheia que amamentar é a hora mais gostosa do meu dia! É o único momento que sou exclusiva de uma, posso cantar, conversar, é um momento só nosso! Por mais que seja difícil a  você também, não desista! Vale a pena cada esforço, sem ser necessário comentar o beneficio à vida dos nossos filhos. Uma dica quanto às rachaduras: com o Otávio eu me machuquei muito e passei todas as pomadas e truques que me indicaram. Apenas um resolveu, o mais simples e o mais barato! Depois de amamentar, eu passo meu leite ao redor do mamilo e coloco a conchinha, o que impede que ele seque, cicatrizando e hidratando melhor que qualquer produto do mercado. Tentem, pois resolveu meu problema!
             Amanhã temos a primeira visita ao pediatra. Vamos fazer os testes do pezinho, olhinho, tomar as primeiras vacinas!
             Já já poderemos ter uma vidinha “normal”. 
             Hoje comecei a pensar no batizado!
             Como os padrinhos ainda não sabem, preciso preparar as surpresas pra contar!!  Podem deixar que, assim que eles souberem, posto tudo o que fiz. É, acho que sou criativa, como algumas amigas comentaram.. RS
              Não me esqueci das fotinhas, viu!  Deixa um bom ser humano me trazer minha máquina que baixo tudo no computador e posto! Mas vou reforçando que elas são lindas, lindas e lindas!!!
              Quero deixar registrado, mesmo que ainda por escrito (na verdade o real desejo é de filmá-lo), um trechinho da música do nosso Michel Teló aqui de casa:

"Noxa, noxa axim voxê ni nata
Ai sipiquédu
Ai ai sipiquédu
Delíxia, delíxia axim voxê ni nata
Ai sipiquédu...”
               Ah! Uma queridissima amiga minha, que dividiu comigo os últimos momentos me perguntou se eu sentia saudades do barrigão. Por mais que o trabalho hoje seja muito maior, é também muito mais prazeroso, lógico. E gente, quem me viu, eu mais parecia um pêndulo, não é?? Kkkkkkkk Aquela mãe dos quadrigêmeos, de Taubaté, não me sai da cabeça!! 

domingo, 8 de janeiro de 2012

Clip lindo

           Pessoal, escolhemos essa música para fazer o clipe no aniversario do Otavio de 1 ano.
           Sua letra é maravilhosa!
           Vale a pena conferir...


http://www.youtube.com/watch?v=Wej2DbdJws0

Espero que gostem!

LINK DA UNIMED

Algumas fotinhas que o Hospital Unimed postou.
Depois, coloco as nossas!

http://unimedaracatuba.com.br/hospital/bercario/verbebe.php?id=3510

http://unimedaracatuba.com.br/hospital/bercario/verbebe.php?id=3511

ANTES DE SER MÃE

Antes de ser mãe eu fazia e comia os alimentos quentes.
Eu não tinha roupas manchadas.
Eu tinha calmas conversas ao telefone.

Antes de ser mãe eu dormia o quanto eu queria e nunca me preocupava com a hora de ir para a cama.
Eu não esquecia de escovar os dentes e os cabelos.

Antes de ser mãe eu limpava minha casa todo dia.
Eu não tropeçava em brinquedos nem pensava em canções de ninar.

Antes de ser mãe eu não me preocupava se minhas plantas eram venenosas ou não.
Imunizações e vacinas eram coisas em que eu não pensava.

Antes de ser mãe ninguém vomitou e nem fez xixi em mim,
nem me beliscou sem nenhum cuidado, com dedinhos de unhas finas.

Antes de ser mãe eu tinha controle sobre a minha mente, meus pensamentos, meu corpo e meus sentimentos.
... eu dormia a noite toda...

Antes de ser mãe eu nunca tive que segurar uma criança chorando para que médicos pudessem fazer teste e aplicar injeções.
Eu nunca chorei olhando pequeninos olhos que choravam.
Eu nunca fiquei gloriosamente feliz com uma simples risadinha.
Eu nunca fiquei sentada horas e horas olhando um bebê dormindo.

Antes de ser mãe eu nunca segurei uma criança só por não querer afastar meu corpo do dela.
Eu nunca senti meu coração se despedaçar quando não puder estancar uma dor.
Eu nunca imaginei que uma coisa tão pequenina pudesse mudar tanto minha vida.
Eu não imaginei que pudesse amar alguém tanto assim.
Eu não sabia que eu adoraria ser mãe.

Antes de ser mãe eu não conhecia a sensação de ter meu coração fora do meu próprio corpo.
Eu não conhecia a felicidade de alimentar uma bebê faminto.
Eu não imaginava que alguém tão pequenino pudesse fazer-me sentir tão importante.

(autor desconhecido)

A SEGUNDA NOITE EM CASA

               Decidi que essa noite seria diferente. Achei melhor dormirmos na casa da minha mãe, afinal, meu “tipo de mãe”, aquela mãe pra toda hora (rs) iria me dar a força que eu precisava, pois descobri que não sou uma super mulher e não daria conta de tudo. Precisava também poupar um pouco o Michel, coitado.. Ele tem se esforçado muito, mas não consegue ficar sem dormir como eu.
                Durante o dia foi muito fácil. Lógico que não dei banho ainda. Deixa essa tarefa para a vovó e pra titia, porque a mamãe fortaleza aqui não consegue olhar pro umbiguinho que ainda não caiu por completo! Nossa.. meu ponto fraco!
                As mamadas, os chorinhos, Otavio, tudo correu bem até mais que o esperado. Até que chegou a noite............ As mamadeiras, agora com nome, já não tem dona! Alias, tem.. as duas!! Acho que quando tudo se acalmar, conseguirei resolver esse “conflito”. Mamães, não se sintam culpadas em trocar os nomes dos seus filhos.. Um dia a gente se acostuma!
                Minha dúvida ainda é em relação às mamadas.. Preciso mesmo acorda-las de 3 em 3 horas?? Elas não acordam!! E quando uma acorda, logo dorme no peito. Eu vivo falando: “Mocinha, vamos, porque tem gente na fila!”. Kkkkkk Uma hora dá certo....

PRIMEIRO DIA EM CASA

                Bem se sabe que ter um bebê em casa não é tarefa fácil.. Dois então! Eu mal podia imaginar como seria.
                A tarefa mais gostosa: deixar o Otávio tocar nas “imazinas”! Ele ficou encantado com as meninas. Beijou as cabecinhas, falou que eram cheirosas... Enfim, mais um apaixonado! Entregamos à ele dois presentinhos, que representavam o nascimento das meninas. Como a vida dele mudou por completo, hoje é quem precisa da nossa maior atenção. Mas tem dado certo, graças a Deus. Ele tem ajudado com as fraldas, pega as roupinhas que pedimos. Um fofo!
                Desde o inicio estipulei que uma teria a mamadeira e chupeta rosa e a outra, roxa. Um conselho às mamães de em dose dupla: coloquem nomes! Rs  Esquecer qual cor era de cada criança ainda daria uma tremenda dor de cabeça!!
Durante o  dia foi tranqüilo. Mal se ouvia um choro dentro de casa. Até que chegou a noite... Resumindo, foi MUITO dificil! Não sabia qual acudia primeiro! Se acudia as meninas, o Otavio que havia acordado,  o Michel que estava mais nervoso que Corinthiano em semi-final de campeonato ou meu peito que estava todo empedrado!
Respirei fundo, pedi calma e encaramos! Até o Otavio pediu pras “imazinas” pararem de chorar!! Mamada pra Luiza, massagear um peito, Clara fez  coco, massagear outro peito, acalmar o Michel, complemento pra Clara, Luiza fez cocô, complemento pra Luiza, destrocar as mamadeiras, tirar meu leite, mamadeira pro Otavio, destrocar as chupetas,  Jesus nos acuda!!!! Sobrevivemos!! E não dormimos! Mas confesso que por mais difícil que tivesse sido, foi muito mais fácil do que tudo que passamos por esses longos 16 dias, que mais pareciam anos!
                Nota: Otavio prendeu o intestino há 4 dias. Achamos que é emocional. Depois de não sabermos mais o que fazer, decidimos pelo “Presente do cocô”. É engraçado, mas tem dado certo. Ele ganha um presente a cada dia que faz cocô. Gente, até febre ele teve por conta disso. Soh quero ver quando ele começar a fazê-lo todo dia.. rs Hajam presentes!!

O PARTO E OS DIAS MAIS DIFÍCEIS

                 Sempre tive muito medo de qualquer cirurgia. Desisti de uma cirurgia plástica apenas pelas possíveis dores que ela me causaria. Parto, então? Eu queria mais que os médicos “criassem” um método de fazer o parto apenas com o estalar dos dedos! Zapt, bebê pra fora!
                No parto do Luiz Otávio não deu muito tempo de pensar nas dores, pois eu passei muito mal com a minha companheira, a azia. Mas no parto das meninas foi diferente.
                O desespero pela dor da anestesia era imenso! Só de pensar que seria “cortada”, já me doía a alma! Uma voz soou naquela sala e seu tom me acalmou; era ele... meu “anjo”. Eu sabia que tudo daria certo.
                Maria Clara nasceu primeiro, com 2340kg e 47 cm. Como na gestação mal sentia ela se mexer, porque estava bem encaixada, achei que seu nome seria perfeito, por Clara ser um nome tranqüilo. Seu choro me encantou logo nos primeiros segundos de vida! Eu sabia que seria apenas o primeiro, de muitos! Estava ansiosa demais por isso.
                Alguns minutos depois, Maria Luiza com 1980kg e 46cm. Um silêncio total! Como Maria Luiza se virou no momento do parto, engoliu um pouco de líquido. Apenas algum tempinho depois um outro som novamente acalmava meu coração: seu choro!
                Como elas, através do USG, já tinham atingido o peso de 2kg, nunca pensei na possibilidade de precisarem da UTI, mas, se precisassem, achava que não passariam mais de uma noite. Apenas depois de algum tempo fui entender que o peso, sim, era muito importante, mas o principal era que os pulmões dessem conta do recado.
                No primeiro momento, elas foram pro berçário intermediário. Logo na primeira visita me preocupei. Elas respiravam com tanta intensidade, com tanto esforço, que me desesperei. À noite veio a noticia que mais temia: elas iam pra UTI e seriam entubadas.
                Quando a gente pensa em UTI, imagina as pessoas em fase terminal, que precisam de aparelhos pra sobreviver e em todas as tristezas que cercam essas siglas.
                Com o passar do tempo, começamos a entender que era normal em caso de gêmeos, também pela idade gestacional, pois os pulmões não estavam prontos.
                Mas visitar nossas meninas na UTI, mesmo estando bem  cuidadas, amparadas, não foi nada fácil. Meu coração, novamente, dava sinais da sua força! Nos contentarmos apenas em tocá-las, dentro de uma incubadora, foi terrível!! Tantos fios, tantos aparelhos nos dois corpinhos frágeis, pequenos, sedados... Por mais que os médicos explicassem que eram procedimentos normais no caso delas, ver um filho nessas condições é algo completamente doloroso! Mais doloroso ainda foi eu ter alta e sair da maternidade de braços vazios, com a mala cheia, trocas sem usar e ouvir dos médicos que nada poderia ser feito, que o único remédio seria o tempo pra que as meninas conseguissem respirar sozinhas. Mas quanto tempo? Um dia, dois dias, uma semana? Não tínhamos uma previsão. Como uma mãe pode entrar na maternidade pra ter seu bebê e deixá-lo por lá? Doeu.. Até hoje não consigo achar um momento tão difícil que se compare a esse! Preciso falar novamente da força do meu coração?
                Nossa maior preocupação era com a Maria Luiza, por ter nascido menor e pelo susto que nos deu durante o parto. Depois de um raio X, descobriram que a Maria Clara tinha um arzinho que havia se formado dentro do peito (não me peçam termos médicos rs)  e que precisava ser drenado. Morria de medo de uma infecção! Passamos a nos preocupar ainda mais com a Maria Clara.
                A cada visita, eu saía destruída! Queria entender a gravidade das meninas mas os médicos apenas nos diziam que estavam melhorando. Sabe aquele negocio de 0 a 10, qual a gravidade? Corríamos risco de perder alguma? Eram tantos medos, tantas preocupações, tantas perguntas mas nenhuma resposta concreta! Hoje entendemos a cautela dos médicos em não nos dar tempo, até mesmo porque o tempo dependia exclusivamente de cada bebê!
                Já no berçário intermediário, meu contato com as meninas aumentou. Ainda não podia amamenta-las, mas podia acalenta-las! Pegar aqueles corpinhos frágeis, pequenos e me contentar com 30 minutos a cada visita era uma vitória!
                Enfim, Maria Luiza se recuperou bem, aceitou o peito com facilidade. Maria Clara precisou de mais dois dias, mas também estava pronta pra ir pra casa.
                Enquanto  saíamos do hospital sentia que uma forte luz estava ao nosso redor!  Acho que era nossa felicidade que transbordava pelos poros, e Deus, que nos abençoava! Era um alívio, uma vontade de correr pra casa, de gritar pra todo mundo que estávamos saindo dali, que se comparava ao nascimento das nossas princesas!
                As Marias honravam seus nomes!
                Foram 16 dias de agonia, de intensa oração, de promessas, de noites em claro, de preocupações, de apoio das pessoas queridas, de fortalecimento nosso e delas.
                Que venham as noites em claro com elas em casa, com as trocas de fraldas, as mamadas, os choros, mas sem o tormento dos últimos dias!
                Apenas uma nota: como ainda são recém-nascidas, e pelo fato de serem prematuras, os médicos nos pediram cautela para as visitas, pra que elas não peguem algum resfriado ou desenvolvam alguma alergia. Acreditamos que em 15 dias, mais ou menos, elas estejam mais fortes e toda nossa vida volte ao normal. Não vemos  a hora de recebê-los em casa e apresentarmos nossas Marias. Só mais um pouquinho de paciência, combinado?